Um futuro incerto.

De todos os emails com idéias e soluções apresentadas para o LIC acredito que devemos ponderar da seguinte maneira, precisamos de um planejamento a curto prazo, para termos um fôlego e nos encaminharmos para um segundo passo. Dentro do que recebemos de informações pesquisei os seguintes caminhos. Um que traga dinheiro imediatamente para o clube, e outro que dê um futuro que independa de mensalidades. Dinheiro rápido nós não temos, motivo do movimento contra a chamada de capital. Outra solução seria com empréstimo de capital através de garantia. Garantia com os terrenos citados não dá. Conforme salientou o Sr.Rogério Wildner, apresentando o quadro dos processos trabalhistas do LIC, que apesar da soma dos valores não bater devido a falta do processo de Dilza Maria Martins – 08411/2010, no valor de R$100.000,00, os processos de Paulo Cesar Goetten – 08405/2010 e de Jose Carlos Coelho Junior – 08408/2010, tem a penhora dos terrenos citados e somente viabilizariam a venda mediante a pessoa que demonstrar interesse na compra ter a garantia de que os processos e outras dividas (IPTU, e outros pendências a nível estadual e federal) sobre eles seriam quitadas. Sobre os outros terrenos onde estão as quadras de tênis e a área de praia, seria como explicou o “Professor” Paulo Freitas, seria uma perda de patrimônio inestimável, devido a serem estratégicos dentro do LIC. Não queremos perder associados devido a chamada de capital, e não podemos perder associados por falta de quadras esportivas. Como proceder então??? Precisamos de um avalista!!!! Tenho conversado com os mentores e idealizadores do clube, que como o Paulo Freitas tem um bocado de conhecimento, aqueles citados seção III, art.39, do nosso estatuto social, que, segundo eu entendo, os mantém como associados “AD ETERNO” , exatamente com o propósito de serem uma fonte de conhecimento, desculpem o termo, como se fossem uma enciclopédia, não querendo me referir a eles como idosos, e sim, “experientes”, ou na forma atual, como se fossem o “Google”. Bom, a pergunta comum a todos foi “Como o LIC se virou em épocas de crise???”, para entender a resposta deles, precisamos retroagir no tempo e entender um pouco da história dos clubes em Florianópolis, na chamada idade de ouro dos clubes sociais. Em época de crise todos se apresentavam para auxiliar os clubes devido ao renome que socialmente está atitude traria aos “socorristas”, os chamados Beneméritos. Na época do grandes bailes, que tinham a mesa do presidente, posta na melhor área do salão, a chamada “área Vip” das atuais casas noturnas, onde todos se conheciam pelo nome e os garçons sabiam exatamente o que as pessoas bebiam e qual comida mais apreciavam. Era a época em que se sentar ao lado do Governador do Estado, do Prefeito e das autoridades mais importantes e conceituadas na cidade trazia um retorno social que valia mais que o valor cedido para socorrer o clube, algo impossível de acontecer devido aos tempos serem outros. Não existem mais os bailes de gala, a população triplicou em tamanho e não se reconhece mais “os caixa-alta” pelo nome, quando muito “de vista”, as autoridades deixaram de serem associadas ao clube. Logo ajuda a “fundo perdido” nem pensar. O modelo econômico atual pede retorno financeiro e alavancar dinheiro hoje para o clube necessita de um ou mais associados avalistas, que transfiram um valor para o LIC pagar no modelo de um financiamento com juros praticados pelo mercado, de preferência os de poupança, com aval nosso também de alguma garantia, poderiam ser os terrenos. Mas alguém aceitaria terrenos penhorados como garantia??? Para manter o clube é bem possível que sim, mas como devolveremos este dinheiro sem perder patrimônio? É mais que necessário implantar um modelo de gestão profissional e substituir o cooperativo, devemos ter um planejamento estratégico para o futuro, um que atraia os atuais socorristas pois como associados eles também vão se beneficiar. Em suma se for para adquirir um financiamento sem um plano estratégico que venha a sanear o clube com moldes atuais, nós vamos “esquartejar” o clube, então é melhor “rapar” o cofre e comprar um cadeado para fechar o portão, pois é exatamente o que aconteceu aos outros clubes da cidade. Sem planejamento não teremos saneamento financeiro e obviamente não teremos parceiro para injetar dinheiro no clube. Está na hora de conversarmos e discutir se estamos dispostos a cruzar a linha que vai definir o nosso futuro colocando o LIC no século 22. Se seremos fracassados ou vitoriosos não dá para saber, mas eu prefiro cair lutando por um futuro melhor, alguém vêem junto? Está é uma decisão que somente a maioria dos associados poderá deliberar, por isto proponho uma reunião no dia 13 de outubro, as 09:30, sábado, data posterior ao dia das crianças, para aprovar um planejamento para o LIC, quem sabe podemos tentar alguma recreação para as crianças para termos tempo de discutir com tranqüilidade e falamos com o Sobrália e agendamos um almoço, especial para as crianças, após a reunião. O importante neste plano é aprovar a forma de captação de dinheiro e a contratação de uma empresa especializada para trazer empresas/parcerias para o LIC, para isto necessitamos montar uma pauta a ser confeccionada até esta data e antecipar horas de discussão. Quem sabe possamos dar um presente para os nossos filhos que eles nem imaginam!!!!! Com a palavra os associados.... Grato. Carlos Bazan - 1752